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Toda a história e legado do Teatro Experimental de Cascais reunido em livro

“Fazer Sonhar – Teatro Experimental de Cascais 1965-2023”

Um livro que conta a história do Teatro Experimental de Cascais (TEC), uma das companhias mais antigas em Portugal, abordando a sua vertente educativa e o seu pioneirismo na preservação da memória foi apresentado a 17 de fevereiro de 2024 no Estoril.

“Fazer Sonhar – Teatro Experimental de Cascais 1965-2023”, título do livro da autoria de José Pedro Sousa, conta a história do TEC, “um caso singular no tecido teatral português, não só pela sua longevidade mas também por ter sempre integrado uma forte componente de serviço educativo, que teve na fundação da Escola Profissional de Teatro de Cascais (EPTC) o seu expoente máximo, e ainda por ter sido pioneira na preservação da sua memória, de que o Espaço TEC é exemplo”, disse o autor.

O livro está dividido em quatro capítulos, o primeiro dos quais — “Antes de começar”, título retirado de Almada Negreiros, figura importante na história do TEC – centra-se nos antecedentes, no percurso dos fundadores antes de se conhecerem e de criarem o projeto “Gente Nova” em férias.

O segundo capítulo, “Revolução em ditadura”, acompanha a atividade do teatro em tempos de censura e durante o PREC, enquanto o terceiro, que vai de 1976 até 1992, fala sobre as digressões do TEC ao Brasil e aos Estados Unidos, a mudança de espaço do Teatro Gil Vicente, em Cascais, para o Teatro Municipal Mirita Casimiro, no Monte Estoril.

“É um período de consolidação do reportório do TEC, com espetáculos que marcaram a companhia e o público, como ‘O balcão’, de Jean Genet, ‘Galileu Galilei’, de Bertolt Brecht ou ‘Rei Lear’, de William Shakespeare”, destaca o autor.

O quarto capítulo começa com a fundação da EPTC e dá conta de um processo de renovação do teatro, por um lado, e de recuperação da sua história com a criação do Espaço Memória.

“É um ‘TEC 2.0’, que traz novos talentos para o teatro português sem nunca esquecer o impressionante património teatral que foi construindo ao longo de décadas”, acrescentou.

Segundo José Pedro Sousa, através da história do TEC, é possível conhecer uma parte importante da vida cultural portuguesa desde meados dos anos 1960 ate´ aos dias de hoje. “A companhia trouxe a Portugal novas formas de fazer teatro, um repertório singular, com várias estreias de textos e autores, nacionais e estrangeiros. Ao longo de quase seis décadas de existência, foi no TEC que se estrearam muitos atores e atrizes, antes e depois da criação da EPTC, que continuam a fazer carreira nos palcos e na indústria audiovisual nacional e internacional”, lembrou.

Colaboração e texto: Guilherme Fafaiol

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