Ruben Portinha, cantor e compositor decidiu homenagear em vida o seu pai, José Carlos Portinha, poeta popular português com três livros de poesia e um de prosa editados, que descreve a vida como a vê.
“Conterrâneos” é um álbum com poemas do poeta, transformados em canções e interpretados por nomes bem conhecidos da música portuguesa, em que entre cantores e instrumentistas são 24 os participantes, não esquecendo o poeta e declamador José Fanha.
Este álbum é um disco conceitual mas também uma carta de amor, com catorze temas devidamente escolhidos entre a vasta obra de José Campos Portinha, em que os seus poemas mais especiais e significativos são agora musicados pelo seu filho Ruben.
José Cid, Rogério Charraz, Ana Lains, Amélia Muge, Sebastião Antunes, entre outros, são os remetentes desta carta de amor, na forma de um disco, que um filho dedica ao pai.
A “estória” começou com o tema “Saudades da minha aldeia”, o single escolhido início da obra.
Esta música originou a ideia para compor o álbum na sua totalidade, que contou com a ajuda do poeta Portinha pai, que criou a base melódica e, a partir daí, todo o conceito começou a ser alinhado.
As ideias e a escolha dos interpretes foram conduzidas pela intuição de Ruben e também pela consideração e admiração que tem por cada artista convidado para integrar o projeto.
O músico multi-instrumentista José Manuel David, junto com o cantor foi igualmente um elemento importante na direção musical de cada tema.
A tarefa ficou concluída, todos os quesitos foram preenchidos, e no dia que José Campos Portinha completou 75 anos, o seu filho e família entregaram-lhe a prenda, que realizou um sonho.
Surpreso, grato e feliz, o poeta cometou: “Gostava que não ficasse no esquecimento todo o trabalho que dediquei a estes livros. Fico muito honrado com este trabalho, foi a concretização de um sonho que sempre pensei que um dia fosse dar frutos, mas não desta forma tão rápida e tão bem feita. Supera tudo aquilo que eu imaginava. Estes poemas tocarão dentro do pensamento e do coração de muita gente e oxalá que façam alguém feliz como ao ouvi-los também eu fiquei feliz.”
