A menina de 15 anos, de ascendência cabo-verdiana, que vivia em Almada e queria ser bonita e generosa como Whitney Houston, deu-se a conhecer aos portugueses quando venceu em 1994 o programa de televisão “Chuva de Estrelas, da SIC, com o tema “One Moment in Time” de Whitney Houston.
Não passou muito tempo e venceu o Festival RTP da Canção de 1994 com “Chamar a Música”, um tema de Rosa Lobato de Faria e João Oliveira, e que lhe garantiu o oitavo lugar no Festival Eurovisão da Canção por Portugal.
Em 1996 estreou-se com o álbum “Sara Tavares & Shout!” e nas duas décadas seguintes, lançou vários álbuns que a aproximaram das raízes cabo-verdianas, com principal destaque para “Balancê”, que a levou a ser nomeada como Artista Revelação dos prémios BBC Radio 3 World e garantiu-lhe um disco de platina.
No último ano Sara Tavares trabalhava novos temas, o mais recente intitulado “Kurtidu”, que saiu em setembro passado pela Sony Music.
Apesar da doença que se declarou em 2009, nesse mesmo ano, Sara Tavares lança a 11 de Maio “Xinti”, o terceiro álbum de originais editado pela editora neerlandesa World Connection que lhe valeu o Prémio Carreira do África Festival na Alemanha.
Os prémios não pararam e em 2011 recebeu o Prémio de Melhor Voz Feminina nos Cabo Verde Music Award e em 2018 esteve nomeada para os Grammy Latino, na categoria de “Melhor Álbum de Raíz”, com o quinto álbum, “Fitxadu” (2017).
Mesmo a seguir a sua carreira em nome próprio, a cantora cooperou com vários nomes da música portuguesa e lusófona, nomeadamente Ala dos Namorados, Dany Silva, Paulo Flores, Buraka Som Sistema e Carlão.
E deixamos o “Ponto de Luz”, um tema doce, emocional e cheio de ternura interpretado pela menina de olhos que irradiavam amor e sorriso que transmitia doçura.