Abriu ao público no dia 27 de Outubro, uma exposição multissensorial e uma Biografia Imersiva, no Museu Mãe De Água em Lisboa, sobre a vida de Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón, mais conhecida como Frida Kahlo.
A narrativa inicia-se com um pequeno altar onde está a fotografia de Frida Kahlo, com várias oferendas, desde comida, bebida, flores, figuras de esqueletos e caveiras
Esta Exposição é um misto sobre a importância da celebração do Dia de los Muertos no México, com origem indígena de cerca de 3 mil anos, comemorada no dia 2 Novembro em honra aos falecidos, dia em que as suas almas são autorizadas a visitar os parentes vivos, e uma homenagem à vida e obra de uma mulher irreverente e muito à frente do seu tempo.
Muito se conta sobre a sua vida, cheia de conquistas mas também de tragédias, desde a sua doença de infância ( poliomielite ) que lhe deixou a perna direita mais estreita e na escola chamavam-na “ Frida da perna de pau “ motivo porque começou a usar saias compridas.
Aos 18 anos, um grave acidente de viação deixou-lhe lesões graves na perna direita, na região pélvica e também na coluna, e Frida com uma vida de sofrimento refugiou-se nas artes para compensar o que faltava ao seu corpo, e assim permitir que a sua alma viajasse sem dor.
Através de um espectáculo de multimédia 360º, experiência de realidade virtual, animações holográficas e video mapping em esculturas, os visitantes terão uma oportunidade única de sentir de forma envolvente os momentos mais marcantes da vida e obra de uma das mulheres mais emblemáticas dos nossos tempos.
Influenciada pelo folclore Mexicano e tradições Indígenas, ela passou de roupa simples para roupa mais ornamentada, cheia de cor e tons fortes, mas é através dos acessórios que nos transmite a sua irreverência, como a sua famosa coroa de flores e as sobrancelhas. Tudo o que vestia era pensado ao pormenor para esconder as fragilidades do seu corpo, que por sua vez transmitia vontade de viver, força, vitalidade e independência.
O orgulho em ser Mexicana era refletido no seu modo de vida, os seus vestidos de Tehuana, os xailes, blusas Huipil e saias floridas com influência na natureza, estilo que atravessa fronteiras e a torna na figura mais influente do mundo.
Em 1937 aparece nas páginas da Vogue Americana num artigo sobre Senhoras do México, e em 2012 a partir de um retrato da artista feito pelo fotógrafo Nickolas Muray em 1939, é pela primeira vez capa da simbólica revista de moda Vogue México.