“Mais de 23 milhões de pessoas refugiadas vivem numa situação de deslocação forçada há 5 anos, ou mais, e estima-se que entre 2018 e 2022 tenham nascido em média 385 mil crianças por ano já na situação de refugiadas. No Dia Internacional dos Direitos das Crianças, a Portugal com ACNUR quer alertar para esta realidade através da sua nova campanha de sensibilização e angariação de fundos, “Não é uma fase, é uma vida”.
Na realidade este alerta da ACNUR é preocupante e choca-nos a todos pois milhões de pessoas refugiadas vivem ainda no mundo inteiro uma deslocação forçada há mais de 5 anos, e as situações mais preocupantes encontram-se no Afeganistão, Síria, Sudão do Sul, Mianmar, Somália, Sudão, República Democrática do Congo, Burundi, Eritreia e República Centro-Africana.
As crianças são sempre as gerações mais atingidas por esta situação prolongada de deslocação forçada e segundo o ACNUR, só entre 2018 e 2022, cerca de dois milhões de crianças nasceram com o estatuto de refugiadas e, em média, nasceram anualmente 385 mil crianças já nesta situação. É o caso de Abbas Balkhi, um refugiado afegão de 31 anos cuja família fugiu para o Irão há 37 anos, país onde nasceu e vive desde sempre como refugiado.
Maamat uma menina de 11 anos, não nasceu como refugiada, mas há 7 anos que vive como tal. Com apenas 4 anos fugiu com toda a família de Homs, na Síria, para a Jordânia e as suas primeiras memórias são de guerra, mas mesmo assim a sua vontade tenaz de encontrar o seu caminho existe no seu coração.
A Campanha “Não é uma fase, é uma vida” quer ajudar o ACNUR a promover soluções a longo prazo e para isso a solidariedade de pessoas e empresas é muito importante porque o subfinanciamento das emergências é a principal ameaça à intervenção do ACNUR o que põe o seu trabalho posto em causa.
Não sendo feito um reforço do financiamento para dar resposta às crescentes necessidades humanitárias, a Portugal com ACNUR apresenta um retrato dramático da situação, pois a redução nos financiamentos poderá dar origem a que o ACNUR tome decisões dificeis com consequências terríveis.
E como se pode ajudar? Um donativo pessoal de €50,00 fornece cobertores térmicos para 2 famílias, um donativo regular de €15,00 dá acesso à educação a 9 crianças durante um ano e os donativos das empresas são uma fonte prncipal de ajuda. Estes são só os pequenos exemplos.