Paco Rabanne: l’enfant terrible da moda na década de 60
"Nem toda a gente pode ser uma estrela"
O mundo da moda está mais pobre.
O estilista espanhol faleceu aos 88 anos na cidade de Portsall, em França.
Filho da costureira-chefe do atelier de Cristóbal Balenciaga e de um general republicado, fuzilado pelas forças franquistas em 1939, o que originou pouco tempo depois a fuga para França, onde se radicaram, Paco Rabanne era uma pessoa querida na sua comunidade e um homem simples dos que sabem de onde veem e para onde querem ir e que marcava pela diferença.
Começou no mundo da moda a desenhar jóias para as marcas Givenchy, Dior e Balenciaga. Em 1966 em plena “Era Espacial” criou a sua própria marca, um dos períodos da moda na década de 1960, influenciada pela ida ao espaço.
A sua primeira coleção: “Doze Vestidos Inutilizáveis em Materias Contemporâneos” causou êxtase em França e tornou-o um dos grandes nomes da moda. A sua notabilidade crescente deve-se às criações pouco tradicionais com o uso de materiais como o plástico, o papel e o metal. Atrizes como Audrey Hepburn, Brigitte Bardot e Françoise Hardy tinham uma verdadeira paixão por ele e chegou a vestir Jane Fonda no clássico “Barbarella” em 1968.
Paco Rabanne juntou-se ao grupo espanhol Puig para criar fragrâncias à imagem da marca e em 1969, lançou o primeiro perfume feminino, Calandre, e em 1973 o perfume masculino, Paco Rabanne Pour Homme e na década de 80 vendeu a sua marca à familia Puig.
O designer retirou-se da Alta Costura em 1999 e durante um largo periodo de tempo a marca dedicou-se exclusivamente aos perfumes,
Em 2011 a marca voltou a surgir no mundo da moda sob o nome Paco Rabanne mas só em 2013 Julien Dossena assumiu o controlo da criação de moda da casa e assim se mantém até hoje.