
Estreia a 13 de setembro, no Teatro São Luiz, o espetáculo DESCOBRIDORES DO AMOR, texto e encenação de João Garcia Miguel com a interpretação de Petrônio Gontijo e Ademir Emboava.
O texto é uma viagem entre memória e imaginação, onde se revisita a herança dos antepassados, rompe-se com o passado e encontra-se, entre perdas e fantasmas, uma verdade íntima.
Ensaios

A peça


Temas centrais
A Fome como Motor Criativo
- A personagem Zarolho vive entre a fome física e a necessidade de criar.
- A fome é vista como um símbolo universal de sofrimento, mas também como força criativa.
- Há referências a Camões, que usou a fome como metáfora poética e existencial.

Identidade e Metamorfose
- A transformação do Velho em Velha representa a fluidez de género e identidade.
- A peça explora a multiplicidade do ser humano moderno, entre o íntimo e o coletivo.
- O poeta vive num espaço interior que permite recriar sua biografia de forma livre e plural.



3. Realidade versus Fantasia
- Zarolho mistura histórias reais e imaginárias, criando ambiguidade narrativa.
- A peça valoriza o pensamento selvagem e indisciplinado como resistência à normatividade.
- Camões é retratado como criador da língua e da imaginação portuguesa.


4. O Amor como Descoberta e Destruição
- O amor aparece como força redentora e também como fonte de dor e perda.
- A história do Adamastor simboliza a paixão frustrada e a transformação em pedra.
- O amor é apresentado como meio de enfrentar o medo e a condição humana.
O elenco

5. Teatro e Resistência
- A criança que destrói o manuscrito representa a renovação e a coragem de recomeçar.
- A peça critica a destruição cultural (reis que queimam livros) e propõe o teatro como forma de resistência.
- A criação artística é vista como resposta à crise existencial e política do mundo atual.