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Centro de Investigação Ciência e Arte Maria de Sousa

Primeiro Centro de Investigação que junta arte e ciência inaugurado na Parede, em Cascais.

A casa de Reynaldo Santos e Irene Quilhó dos Santos, no nº8 da Rua 3 de Maio, na Parede, foi reabilitada. Alguns traços de Art Deco permanecem como marca da sua origem. Construída nos anos 30 do século passado, por indicação de Eugénio da Silva Teles, em 1989 é mandada recuperar para residência do médico, escritor, historiador Professor Reynaldo dos Santos e da médica e às artes. Mas, é já por empenho de outra ilustre investigadora na área da medicina a Professora Maria de Sousa, amiga do casal e, por decisão da Câmara Municipal de Cascais que a casa passou, desde o passado domingo, a cumprir exatamente esse papel como Centro de Investigação da Ciência e das Artes.

Presença de Salvato Telles de Menezes , presidente da Fundação
D. Luís I. Foto DR

Na sua inauguração, o Professor  Salvato Telles de Menezes , presidente da Fundação D. Luís I, fundação responsável também por mais este património cultural do concelho, lembraria, por um lado, o empenho pessoal do Presidente da autarquia, Carlos Carreiras no destino dado à Casa Reynaldo dos Santos, mas também da originalidade do propósito deste edifício “articular a investigação dedicada à arte e à ciência tal como ela foi praticada pelo Professor Reynaldo dos Santos, por quem a Professora Maria de Sousa tinha uma estima intelectual”.

Maria de Sousa está na origem deste projeto e seria, na inauguração, lembrada pelo Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras, lamentando a ausência naquela cerimónia da investigadora na área da ciência médica que faleceu há quatro anos, vítima do Covid-19, e que representa o espírito e o propósito do evento. Carlos Carreiras lembraria o compromisso assumido com a Professora Maria de Sousa, de levar por diante este projeto e, por isso, manifestou a sua satisfação pelo facto de hoje estar a ser cumprido.

O Centro de Investigação Ciência e Arte Maria de Sousa está enquadrado num jardim, de 138 m2, interlúdio inspirador para quem naquela casa, de 560m2, correspondente aos pisos 0, 1, 2 e sótão, será recebido para investigar nestas duas áreas da cultura e do conhecimento, saúde, pós-graduação, história da arte, ourivesaria, gravura e teatro.

Para além do acervo de peças de mobiliário que foram recuperadas e ali mantidas, há, para apoio à investigação, um enorme espólio documental (bibliográfico, arquivístico e fotográfico) que junta as Bibliotecas e os Arquivos pessoais de Reynaldo dos Santos, de sua mulher Irene Quilhó dos Santos, dos dois filhos, João Carlos e Luís Alberto Quilhó Jacobetty, e o Arquivo Científico da Profª. Maria de Sousa.

No piso 0 o edifício comporta, para além do arquivo, uma Sala Multiusos com 42 lugares e no último piso (sótão) uma unidade de habitação destinada a residências de investigação científica.

Texto: Guilherme Fafaiol

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