Ars Sine Finibus: A Arte Que Une Territórios
Instalações entre vinhas transformam fronteiras em pontes culturais

Na fronteira entre Itália e Eslovénia, onde as vinhas desenham o horizonte e o vinho é símbolo de identidade, nasce Ars Sine Finibus — um projeto artístico que transforma território em linguagem universal.
A inauguração



Um Parque de Arte Permanente
Promovido pelas adegas Gradis’ciutta (Itália) e Ferdinand (Eslovénia), o projeto visa criar um parque de arte permanente entre as vinhas de Collio e Brda. Jovens artistas foram convidados a criar instalações site-specific que dialogam com a natureza, a memória e a ideia de fronteira. A iniciativa insere-se na programação das Capitais Europeias da Cultura 2025: Gorizia e Nova Gorica.
A Obra Premiada: Scritto Nelle Pietre

A instalação vencedora, criada por Juliana Florez Garcia, Gloria Veronica Lavagnini e Tajda Tomšič, é uma evocação poética da antiga fronteira. Com pedras suspensas e elementos metálicos, a obra transforma a dor histórica num arco de passagem para uma consciência comum. A leveza visual contrasta com o peso simbólico, criando uma experiência sensorial e reflexiva.
Outras Instalações em Destaque

Sconfinare: Barris transformados em pilares que representam a divisão de 1947 e a esperança de reconexão.

Spazio di Vite: Uma estrutura habitável feita de arame e ramos de videira, símbolo de convivência.


Fortino e Santuario: Arquiteturas abertas que misturam espiritualidade e vida rural.

Mucca senza passaporto: Uma vaca dividida por uma fronteira, metáfora da separação absurda.


Synergos: Corpos entrelaçados com vidro colorido, celebrando pontes entre culturas.
A Instalação Final: So(g)no

A obra de Marco Nereo Rotelli encerra o evento com uma instalação de luz e poesia. Criada em colaboração com poetas e músicos, convida os visitantes a mergulhar num sonho coletivo onde arte e vinho se tornam instrumentos de união.
Uma Mensagem de Esperança
Os fundadores, Robert Princic e Matjaž Četrtič, sublinham que Ars Sine Finibus é mais do que arte: é um gesto de reconciliação, sustentabilidade e partilha. Collio e Brda deixam de ser apenas regiões vinícolas para se tornarem laboratórios culturais onde a criatividade floresce sem fronteiras.